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Mostrando postagens de outubro, 2015

papel

no meio daquela pilha de papéis há uma carta , daquelas que terminam com três palavras:  eu te amo . que eu li e senti, e reli, e ressenti. e revivi a cena. e me arrependi pois significa mais agora do que significou naquele momento, ou não. e agora a lembrança não é mais a carta, e a carta é só papel. se tivesse desenhado uma jibóia eu guardaria pra fazer aquele teste psicológico de vez em quando. eu também .

Carta para além do muro

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olha, estou escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem sempre que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir.  eu não queria que fosse assim. eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa.  hoje eu achei que ia conseguir, que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não lembro onde. hoje havia calma, entende? eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente v...
já fui uma vez um belo andarilho do céu. ninguém jamais me conhecerá desta forma outra vez.