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Mostrando postagens de setembro, 2010
ás vezes eu queria um tempo da vida. me suicidar por uns dois dias e depois voltar como se nada tivesse acontecido. queria mandar tudo que eu amo pra puta que pariu só por dois minutos e depois voltar a sentir o afeto que sempre senti. pena que as coisas não funcionam assim. nós não podemos morrer temporariamente (salvo algumas excessões, enfim), assim como eu também não posso mandar tudo pra puta que pariu quando bem entender. porque afinal como diz o Caio Fernando Abreu... e Amanhã tem sol! acho que é fadado ao estudo da história a compreensão de que o homem é ligado ao tempo físico longo e contínuo, querendo ele ou não. e isso é uma pena. porque o restante desse mundo débil acaba vivendo como se o dia de hoje encerrasse uma vida. confesso que por vezes eu acabo entrando em choque com tudo isso que presencio. minha mente não comporta essa maneira "miojo" de fazer as coisas e então fico eu ali filosofando com alguns gatos pingados que ousam compartilhar experiência e ide...
eu quero ser o que eu sou e não ter que mentir. dissimular. fingir que não me importo com o que eu sinto, com o que você sente. ou pior, fazer uma poda dentro da minha cabeça e do meu coração arrancando tudo que eu sempre tive de bom. só pra não cair de novo. as pessoas não estão cansadas disso tudo? eu só queria que alguém menos entorpecido parasse e tentasse me explicar qual o sentido desse hedonismo sem sentido . a cada dia se pede mais. a cada dia se doa menos. a cada dia um anjo morre e cai do céu. e nós continuamos aqui insanos. lamentando, lamentando e lamentando. vivendo um dia igual ao outro. e aí?
e é tão bom quando o Vinícius aqui dentro dá sinal de vida.
no fundo eu sei que este jeito quieto, de quem olha as pessoas de canto, esconde uma surpresa interessante, detrás dos óculos que disfarçam estes olhos pretos miúdos cheios de coisas pra dizer. acho que nem mesmo a psicanálise pode diagnosticar minha curiosidade ariana.